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terça-feira, 6 de julho de 2010

DARRAQ V8 HP200



O recorde de velocidade alcançado por este modelo - 175,422 km/h - foi estabelecido no percurso cronometrado entre Arles e Salon, na região de Camargue, França. Era o dia 30 de dezembro de 1905 e o piloto Victor Hémery.

UM POUCO DE HISTÓRIA

Pierre Alexandre Darracq, de descendência basca, nasceu em 10 de novembro de 1855, em Bordeaux, França. Desenhista formado no Arsenal, em Tarbes, localizada no departamento dos Altos Pirineus, graças a sua especialização trabalhou na indústria de máquinas de costura Hurtu, onde projetou uma máquina que foi premiada com uma medalha de ouro na Exposição de Paris de 1889.

Em 1891 fundou uma empresa dedicada à fabricação de bicicletas - Gladiateur Cycle Company - que se tornou próspera em curto espaço de tempo. Em 1896 vendeu a Gladiateur por um valor considerável.

Nesse mesmo ano fundou a Darracq Automóveis S.A., sediada em Suresnes, nos arredores de Paris, dedicada à produção de carruagens impulsionadas por motores elétricos. Participou, também, da indústria Millet, que produzia bicicletas a motor.

Em 1900 iniciou a fabricação de veículos com motor de combustão interna. Sua indústria foi pioneira no uso do aço estampado na fabricação de chassis e na utilização de máquinas industriais reduzindo a mão de obra.

Em 1902, Darracq, que não gostava de dirigir e tinha pouco gosto em utilizar-se dos automóveis, dava um salto gigantesco em busca de seu real objetivo, que era ganhar dinheiro: numa parceria com Adam Opel  a Alemanha via a invasão dos carros Darracq-Opel.

A Darracq foi uma das maiores indústrias automobilísticas do seu tempo. Para se ter uma idéia dessa indústria francesa, em 1904, quando as grandes marcas de hoje experimentavam seus primeiros modelos, a Darracq já fabricava pouco mais de dez por cento dos automóveis produzidos na França. O seu segundo modelo de 6,5HP era o lider de mercado.

Em 1905 a conquista do mercado da Grã-Bretanha. Era fundada a A.Darracq Company Limited, posteriormente transformada na Talbot-Darracq.

1906. Num arrabalde de Milão, Itália, com o nome de Societa Italiana Automobili Darracq (SIAD), sob licenciamento concedido ao aristocrata milanês Ugo Stella, a marca chegava à peninsula itálica.

Em 1907 A Sociedad Anonima Espanola de Automoviles Darracq surgia em Vitória, no País Basco, região ao norte da Espanha, fronteiriça com a França.

Mas a empresa sediada em Milão não conseguiu os resultados desejados e em 1909 Darrracq deixou a sociedade.Mais tarde esta empresa passaria a chamar-se Anonima Lombardo Fabbrica Automobili (ALFA) e logo em seguida passou a ser Alfa-Romeo, uma das mais tradicionais industrias de carros esportivos.

Darracq não era diferente de todos os proprietários de indústrias automobilísticas. As competições eram o melhor meio de divulgar e dar prestígio à marca. Estabeleceu recordes de velocidade em 1904, na Bélgica e 1905, na França. Em 1905, com o piloto Hémery. e 1906, com Luis Wagner, venceu a Vanderbilt Cup, nos Estados Unidos. Competiu nos Grandes Prêmios da França de 1906 e 1907, inscrevendo três carros em cada uma das edições. No primeiro ano todos os carros abandonaram a competição com problemas de motor. Em 1907, um quinto lugar com Victor Rigal e um sexto com Gustave Caillois.

No ano de 1913 Darracq se desfez da empresa, comprada por ingleses. Durante a Primeira Guerra Mundial dedicaram-se à produção de material bélico. Ao fim das hostilidades, foram industrializados carros Talbot-Darracq. De 1920 a 1935 a marca foi Sunbeam-Talbot-Darracq (STD). Nesse ano o Rootes Group tornou-se o novo proprietário da empresa.

A miniatura: Ano: 1905 | Marca: Brumm | Escala: 1/43 | Categoria: Recordes Mundiais | Código: R115

DILIGÊNCIA DE GURNEY



Sir Goldworthy Gurney iniciou seus experimentos com motores a vapor em 1823. Depois de algumas tentivas, em 1827 ele apresentou uma nova carruagem, aperfeiçoada, com uma caldeira de tubos para a produção de vapor. O veículo, pesando duas toneladas, com capacidade para transportar 27 passageiros, em 1830 fazia linha regular de transporte coletivo entre Bath e Londres. Foi considerado o primeiro ônibus por manter seu trabalho regularmente por algum tempo. No entanto, o serviço sofreu grande oposição, primeiro porque o veículo produzia uma grande quantidade de fumaça e, também, porque as máquinas eram mal vistas pelos trabalhadores, que temiam perder seus empregos com a disseminação das mesmas. A insatisfação popular atingiu o ápice quando os passageiros e o próprio Gurney foram agredidos em uma feira em Melkshan.

A denominação "ônibus" dada aos veículos de transporte coletivo de passageiros, sem levarmos em consideração uma ou duas teorias mais fantasiosas, teve origem em Nantes, na França, em 1826. O dono de uma casa de banhos afastada do centro da cidade criou uma linha regular de diligências para levar seus clientes do centro até seu estabelecimento. "Voiture omnibus" foi o nome dado a esses veículos. Do francês, "voiture", que quer dizer carro, e do latim "omnibus", cuja tradução é para todos, ou seja, era um carro para todos.

O serviço de transporte coletivo em Londres deve ter ocasionado algumas situações insólitas, outras tantas de falta de civilidade. Pelo menos é o que nos leva a deduzir uma publicação do Times, de 1933, onde algumas regras de procedimento eram recomendadas:

1. Não coloque os pés no assento.
2. Não se coloque em um canto e então abra as janelas de modo que o vento noroeste atinja o pescoço de seu vizinho.
3. Tenha seu dinheiro à mão se deseja descer. Se o seu tempo não vale nada, o dos outros pode valer.
4. Não imponha ao condutor a necessidade de obter o troco: ele não é banqueiro.
5. Sente com suas pernas retas e não com elas descrevendo um ângulo de 45º, ocupando desta forma o espaço de duas pessoas.
6. Não cuspa no assoalho. Você não está num chiqueiro, mas viajando em um ônibus, num país que se orgulha de seu refinamento.
7. Comporte-se respeitosamente com as mulheres e não faça uma moça enrubescer, porque ela não pode escapar de sua brutalidade.
8. Se você levar um cão, que ele seja pequeno e preso a uma coleira.
9. Não leve grandes pacotes - um ônibus não é um furgão.
10. Reserve as brigas e discussões para o campo aberto. O som de sua voz pode ser música a seus ouvidos - talvez nem tanto para seus companheiros.
11. Se você for discutir política ou religião, fale com moderação: todos tem direito às suas opiniões e todos tem direito a igualmene não serem chocados.
12. Refreie a vaidade e o ar presunçoso. Lembre-se que você está viajando por seis "pence" uma distância a qual, se fosse feita num "hackney-coach", custaria vários "shillings": e que se o seu orgulho se eleva acima das acomodações, sua carteira deve capacitá-lo a impor indulgências aristocráticas.

Há alguma similaridade com o que acontece em algumas cidades brasileiras hoje em dia?

A miniatura: Ano: 1830 | Marca: Brumm | Escala: 1/43 | Categoria: Ônibus | Código X03

CARRO DI BORDINO



Denominado Carro Di Bordino, fabricado por Virginio Bordino, na cidade de Turim, Itália, no ano de 1854, pesava 3000 kg e era movido a vapor, com alimentação a carvão. Sua velocidade superava os 8 km/h. Esse modelo foi fabricado nos moldes da Diligência de Gurney, veículo inglês, produzido na época em que o italiano Virgino Bordino morou na Inglaterra. O veículo original encontra-se no Museu do Automóvel de Turim.

A miniatura: Ano: 1854 | Marca: Brumm | Escala: 1/43 | Categoria: Carro de rua | Código X05